domingo, 28 de julho de 2013

Depois do Inferno Astral

Em tempos de visita do Papa Francisco, quando peregrinos colocaram à prova sua fé, na luta pela sobrevivência às intempéries do clima e da desordem na cidade que os teria acolhido (acolhimento pra mim é outra coisa), para participar da Jornada Mundial da Juventude, um tema algo místico veio à minha cabeça. 

Há uns vinte anos atrás, pouco antes de conhecer o Mago, minha percepção das ocorrências inexplicáveis que nos rodeiam ficou mais apurada depois que eu vi - e ninguém me contou - uma pessoa se aborrecer e o anel que usava (daqueles com cristais líquidos termotrópicos, também chamados de “anéis do humor”) mudou sua cor e foi de azul a preto em segundos, explodindo em mil pedaços. Além de tomar uma distância segura desse ser esquisito, comecei a achar que havia algo além do entendimento. A partir daí dei uma estudada, conversei com algumas pessoas e, dentre outras coisas, conheci o significado do tal do “inferno astral”. 

Para simplificar, é um período de mais ou menos um mês antes do aniversário da pessoa, onde coisas estranhas acontecem e o humor varia muito. Seria uma “TPM” de 30 dias, por assim dizer, associada a verdadeiros desastres do tipo “colocar etanol no tanque do carro justo no dia da nevasca”, “apagão na hora que você está no banho”, “computador queimar quando você terminou o TCC e não fez backup” e coisas assim. Sorte que termina no dia do aniversário, exatamente no momento que cantam “Parabéns pra você” (por isso que tem que cantar sempre – aprendi outro dia). 

Só que isso é pra quem acredita e tem gente que nem liga. Eu ainda sou do tempo do “a fé remove montanhas”, “cuidado com seus sonhos e desejos porque eles se tornarão realidade” e, já calejado de contratempos dos anos anteriores, resolvi prestar bastante atenção neste ano e até que a coisa correu bem (mesmo que tenha chovido a cântaros no passeio a Foz do Iguaçu, impedindo a visita às Cataratas do lado argentino, ter recebido uma cobrança maior da TV por assinatura e da locadora de automóveis, pifar a máquina de lavar e ter ficado num quarto inacreditavelmente ruim no hotel de sempre). O que realmente me chamou a atenção foi o que aconteceu depois... 

Uma “onda” de agitação e até alguma euforia começou a tomar conta das atividades diárias. A disposição aumentou, mesmo com o frio lunar era só fazer um “solzinho” que eu saia para caminhar e ainda resolvi uma série daquelas pendências crônicas e agudas que nos cercam diariamente e que tem que ter muito saco para resolver. Achei interessante porque a “ressaca” pós inferno astral foi produtiva e continua até agora. 

- Ei quati! O que você está fazendo aí no computador? 
- Vendo o “Porco Notícias” e o lance das "vadias" vadias. Pera... mudou agora... ei, Narrador, você sabia que a Sofia Leitão faz aniversário no mês que vem?  


Boa Noite! Eu sou o Narrador.  

N.N: Agradecimento especial ao Guilherme que gentilmente fez a tirinha. Clique na imagem para ampliar e visite o "Porco Espírito"

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